

Vinte anos atrás, o maluco beleza morria e com ele, para muitos, o maior cantor-compositor do Brasil, não só pelo seu repertório com letras de conteúdo, como também por ter sido, segundo Francisco José da Silva, mestre e professor de filosofia, "o primeiro compositor a transformar a música de instrumento
poético em instrumento filosófico, discutindo desde questões políticas até questões metafísicas e existenciais, tudo isso de forma bem humorada mas, acima de tudo, numa linguagem acessível a qualquer pessoa".

Até os dias atuais, sucessos imorredouros como Gita, Sociedade Alternativa, Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás, Ouro de Tolo, Mosca na Sopa, Tente Outra Vez, Al Capone, e tantos outros mais, continuam a embalar tanto a geração contemporânea de Raul como as novas gerações. Ad
emais, é fato que a história desse baiano, fã de carteirinha do rock e de Elvis Presley, leitor de Augusto dos Anjos, Joseph Proudhon e Aleister Crowley, da bíblia, do Tao Te King, do Alcorão e do Baghavad Gita, tem motivada toda uma produção literária desde a sua morte, incluindo teses de doutorado, dissertações de mestrado, monografias, artigos em jornais e revistas e produções midiáticas das mais diversas.


Próxima sexta-feira, 21 de agosto de 2009. Dia de, muito mais do que chorarmos a morte do eterno rei do rock brasileiro, comemorarmos o privilégio de termos tido entre nós o cantor-compositor-visionário-irreverente-et cetera que transformou para sempre o modo de pensar e produzir música boa no Brasil.
Ivo Dias
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