quarta-feira, 19 de maio de 2010

METENDO BRONCA

A justiça brasileira, muitas vezes capenga, agiu célere e acertadamente impedindo que essa tal de Marcha da Maconha acontecesse aqui em Fortaleza. Isso, além de não passar de um reles incentivo ao uso dessa droga, porta de entrada para outras mais pesadas, nada mais seria do que uma marcha de desocupados (duvido que um trabalhador teria interesse em acompanhar isso). Pura falta do que fazer, se não de peia.


E segue cometendo gafes incríveis a criatura de Sua Divindade, Dilma "Magda" Roussef. Um dia após se referir ao presidente da câmara Michel Temer - por sinal o futuro vice de sua chapa - chamando-o de presidente do senado, ao ser perguntada numa de suas últimas entrevistas qual o último livro que leu, Dilminha se enrolou toda, disse não lembrar e... pasmem!... perguntou para uma assessora.


Tem cheiro de hipocrisia e de demagogia a preocupação que os bacanas do governo demonstram em riscar o Brasil do roteiro turístico sexual quando se sabe que, para divulgar nossas belezas naturais, são divulgadas nas televisões de todo o mundo peças publicitárias oficiais onde as belezas mais mostradas são a semi-nudez, o rebolado e a sensualidade da mulher brasileira.

terça-feira, 11 de maio de 2010

PRAÇA DA MATRIZ OU RODOVIÁRIA?

O que diria, se vivo fosse, Dom José Tupynambá da Frota, primeiro bispo, inconteste líder religioso e grande impulsionador do progresso de Sobral, cidade distante 220 km da capital Fortaleza, Ceará, diante do que se tornou a Praça da Sé, moldura da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, principal ícone católico dessa cidade? Prá começo de conversa, pelo que a história nos conta de seu temperamento forte, de suas profundas convicções religiosas e visão empreendedora, D. José jamais permitiria tamanho "sacrilégio" que é a transformação daquele espaço nobre num improvisado arremedo de rodoviária. O Largo da Sé, que num passado não muito distante era tomada somente por fiés que se dirigiam aos cultos ou por multidões que acompanhavam, ávidas de fé, as memoráveis procissões, hoje está sendo gradativamente e diariamente ocupada por uma horda de ônibus e caminhões paus-de-arara que ali desembarcam seus passageiros e permanecem estacionados por todo o dia sem nenhum controle ou critério, transtornando o trânsito e dificultando o transeunte, e enfeiando o que outrora foi um dos mais bonitos cartões-postais da cidade. E prá completar o caos, além da proliferação de um comércio ambulante igualmente sem normas nem regulamentos, o mau cheiro causado pela ausência de equipamentos sanitários já se faz sentir na brisa que antes por ali soprava inodora e fresca vinda das margens do Rio Acaraú, ali bem próximo.

Foi por demais decepcionante para mim que busquei aquele recanto, que há muito não visitava, para fotografar o majestoso templo - que a bem da verdade está merecendo maiores cuidados por quem de direito, haja vista seu mal estado de conservação - e encontrá-lo mergulhado num emaranhado de veículos velhos e mal estacionados, que dificultou sobremaneira a mim encontrar um ângulo razoável para a minha Fujifilm. E mais: ali bem próximo ergue-se o belo complexo de estruturas que abriga a Biblioteca Pública e o Museu Madi, e, como dá prá deduzir, haja dificuldade prá encontrar uma vaga de estacionamento por quem pretende acessá-los.

Sobral, carinhosamente conhecida como a Princesa do Norte, tem estado nos noticiários nacionais e até internacionais por está apresentando já há alguns anos um modelo de administração de vanguarda que a tem colocada entre as cidades brasileiras mais progressistas, e uma das boas consequências disso foi que no ano de 2009 destacou-se como a cidade que, em termos proporcionais, mais ofereceu vagas de emprego em todo o Brasil. Ora. E essas administrações tão promissoras não encontraram uma solução, um lugar mais apropriado para servir de estacionamento àqueles veículos que insistem, logicamente com a complacência e, por que não dizer, com a cumplicidade de tais administrações, em descaracterizar aquele logradouro público? Soluções há. Iniciativa e vontade política, talvez não.

Ivo Dias
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Fotos: Ivo Dias

CURTAS E GROSSAS VII

1-É triste se constatar que algumas das instituições criadas para defender os intereses do povo brasileiro estão sucubindo diante dos vento$ poderoso$ que emanam do poder. É o que está acontecendo afrontosamente com a UNE - União Nacional dos Estudantes, que tornou-se afilhada do governo federal, passando a receber vultosas somas que, certamente, em parte, estão sendo usadas para aquisição de água e sabão para lavar rostos que antes se pintavam de indignação, e com muitos sindicatos de trabalhadores cujos diretores ( e familiares), agora refestelando-se em cargos públicos e de estatais, não mais comparecem às portas dos bancos, fábricas, escolas, etc, para, empunhando "pirulitos" e faixas e bradando palavras de ordem, enfrentar o "inimigo capitalista" que ameaça salários e empregos.

2-Mais uma vez o governo de Sua Divindade, o Lula, ensaia uma porrada nos já tão tungados aposentados e pensionistas ameaçando vetar a medida provisória que reajusta seus proventos em 7,7 % e extingue o famigerado "fator previdenciário". A desculpa ardilosa é a de sempre: uma hipotética inviabilidade financeira do Sistema Previdenciário, quando se sabe que sempre há viabilidade financeira para a corrupção e roubo... ops, desvio de recursos públicos. Só prá citar um exemplo, é o caso dos - muito mais que os 3 bilhões que "custaria" o reajuste - 23 bilhões injetados nas ONGs, objeto de CPI que o governo de S. D. não deixa prosperar, e cujo relator é o senador cearense Inácio Arruda. Ora, ser aposentado e pensionista não quer dizer que se é bobo. Não se deve votar em quem não concorda com isso.

3-O negócio é o seguinte. Não vamos aqui cair na mesmice de dizer "que esse não devia ir", "que esse devia", "que aquele no lugar daquele seria melhor", "esse não",etc, etc. Rancores à parte, o técnico Dunga misturou prepotência com pseudo-ufanismo, duvidoso patriotismo com uma dose de xiitismo e outras mugangas mais prá chegar a conclusão que quem custou caro para jogar no exterior é porque joga melhor. Prá mim, nós vamos à copa com a seleção de Dunga quando seria bem melhor que fôssemos com a seleção do Brasil; na minha opinião, a seleção canarinha de futebol teria que ser formada por aqueles jogadores que melhor estivesem jogando no Brasil a fora, pois, eles sim, estariam representando o melhor do futebol brasileiro. Repito: futebol brasileiro. A seleção que está aí foi praticamente pinçada entre os melhores jogadores do futebol europeu. Não acho que precisamos de uma seleção "à la européia" para nos representar. Tenho dito.