segunda-feira, 27 de julho de 2009

PEDÁGIO OU EXTORSÃO?

Depois de muitas reviravoltas, onde já teve até decreto municipal para impedir a cobrança que logo foi anulado por liminar judicial, o pedágio para a travessia da ponte sobre o Rio Ceará (ponte José Martins Rodrigues), nos limite dos municípios de Fortaleza e Caucaia, aqui no Ceará, continua sendo cobrado, e muito bem cobrado. E o mais grave é que existe um mistério quanto a destinação que é dada ao montante que é tungado dos incautos motoristas. Reproduzimos a seguir o que pensa a respeito o blog Diálologos Políticos, do sindicato dos Bancários do Ceará:

"Não diga que (a arrecadação) é para a melhoria da ponte ou para dar segurança para quem se utiliza da ponte. Tudo mentira, papo furado dos “donos” da ponte e demais apreciadores do passe cobrado. Construída com o suado dinheiro público (nenhum centavo da iniciativa privada) a mais de dez anos, a ponte do Rio Ceará é uma das maiores pontes erguidas no Ceará. Suas dimensões ligam a capital (Fortaleza) a Caucaia (cidade vizinha). Tornou-se um dos cartões postais mais belos da cidade. Há dez anos foi entregue (de graça) a iniciativa privada para cobrar pedágio dos abestados motoristas que pagam freqüentemente para poder passar pela ponte. O problema é que o percurso pela ponte do Rio Ceará encurta a distância de muita gente, além de reduzir drasticamente o caótico trânsito da capital cearense."

A ponte José Martins Rodrigues custou RS 17 milhões aos cofres públicos e demorou dois anos para ser construída. Ela tem duas vias de acesso, 633,75 metros de comprimento e 20,20 metros de largura. Antes mesmo de sua inauguração, em 10 de setembro de 1997, a ponte já gerava polêmicas. A viabilidade econômica do projeto e o percentual que caberia a cada município foram alvo de discussões na Câmara Municipal de Fortaleza (CMF). O início da cobrança de pedágio foi adiada diversas vezes por problemas técnicos. Em 1999, o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon) entrou com uma ação civil na Justiça contestando os valores abusivos que estariam sendo cobrados.

A última interdição do famigerado pedágio aconteceu no início deste ano quando o recém-eleito prefeito de Caucaia emitiu decreto proibindo a sua cobrança. Mas não demorou muito e o decreto municipal foi "cassado" por liminar judicial. E o blog Diálogos Políticos diz mais:

"A encarregada pela cobrança dos motoristas nem ao menos se interessa em fazer uma pintura nas paredes da ponte (todas pinchadas), muito menos dar segurança para quem transita na ponte. A pergunta que perturba é para onde vai o dinheiro cobrado no pedágio da ponte? Não vai para fazer melhorias a ponte. Então o dinheiro arrecadado pelos bobos motoristas vai fazer luxar a vida de quem? Enquanto isso, a ponte fica a mercê do tempo, do desgaste, dos criminosos e pinchadores. Ache bom ou ruim, é muito fácil ganhar dinheiro nesta modalidade de assalto ajuizado, é isto!"

O que há de concreto mesmo, com certeza, é que, comparando-se os preços cobrados para a travessia da ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como ponte Rio-Niterói, que mede 13,29 kms, e que mantém diversos serviços para a segurança e bem-estar dos usuários, com os
preços praticados no pedágio da ponte sobre o Rio Ceará, bem menor, mal conservada e sem segurança, fica evidente a exploração praticada aqui. Só prá se ter um exemplo, enquanto um automóvel de passeio paga R$ 3,20 no pedágio da Rio-Niterói, aqui é cobrado R$ 2,00. É ou não é exploração? Que nada. É roubo mesmo!

Ivo Dias

2 comentários:

  1. Olá, Ivo Dias
    Eu queria te fazer uma pergunta se você fosse o prefeito de caucaia o que você faria com o pedágio do rio ceara?
    Porque as instalações da ponte se encontra dentro do município de caucaia, porém a fatia maior entre as duas prefeituras quem ganha e a de fortaleza, porém qual e a mais prejudicada com a cobrança? Certamente e a de caucaia que tem que receber seus turistas, muitos de fortaleza, quantos trabalhadores de caucaia trabalha em fortaleza e quantos de fortaleza trabalha em caucaia certamente os caucaienses são os mais prejudicados ;
    Será se o prefeito não tem autoridade de mandar derrubar aquelas instalações? Ou será se a prefeitura de caucaia não tem condições financeiras pra fazer outra ponte só que livre de pedágio? Eu acho que sim condições , porque o que tem de gente com o nome na lista de pagamento da prefeitura sem trabalhar só indo pegar o dinheiro no fim do mês, ou em local onde teria que trabalhar 1 pessoa estão trabalhando 5, porque são muitos os apadrinhados do prefeito e dos vereadores que nem trabalhar querem só receber o Money no final do mês.
    é de lascar!!!!!! Ivo Solon Dias
    abraços!!!!!!!
    peron

    ResponderExcluir
  2. Se eu fosse prefeito de Caucaia, Peron, eu daria um jeito de acabar com esse pedágio que de nada ajuda Caucaia, muito pelo contrário. Segundo opinião unânime dos comerciantes de Iparana, depois da implantação do pedágio todo o comércio local foi prejudicado e as avaliação dos imóveis sofreu uma drástica desvalorização. O que falta mesmo é vontade dos políticos caucaienses de acabar com o pedágio, porque poder eles podem, até porque o pedágio fica nesse município.

    Abraço.

    ResponderExcluir