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"Eu tenho um sonho". A frase ecoou, forte e eletrizante, entre as milhares de pessoas reunidas no Memorial Lincoln naquela manhã de agosto de 1963, em Washington, para ouvir a voz decidida de Martin Luther King Jr. A manifestação iria constituir um marco na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, coroando a vida do grande líder pacifista norte-americano, cuja saga é contada por Christy Whitman em seu livro "O Jovem Martin Luther King", da editora Nova Alexandria.

Nos dias de hoje, onde a violência permeia as ações de uma humanidade ávida de valores materias, onde a intolerância ainda campeia na mente de muitos que usam o preconceito e suas maléficas nuances para denegrir a condição humana de outros que são julgados menos merecedores de respeito e dignidade pela cor de suas peles, a leitura de "O Jovem Martin Luther King" pode se tornar um alento em nossas almas.

Martin Luther King, que, influnciado pelos princípios da não-violência do indiano Mohandas 'Mahatma' (grande alma) Gandhi (1869-1948), sempre permeou suas ações, em busca da ética e da cidadania, pregando a paz, a ponderação e o diálogo, foi bestial e covardemente assassinado na sacada de um hotel quando se preparava para mais uma de suas manifestações pacíficas em busca de um mundo mais justo e fraterno com o qual sonhava.

Foi muito prazeroso ler "O Jovem Martin Luther King" onde eu pude sentir toda a serenidade de quem se tornou uma das celebridades mais surpreendentes e marcantes do século XX, folheando cada página desse livro que tem como apoteóse a íntegra do célebre discurso que ficou conhecido com o título de "Eu Tenho Um Sonho".

Eu li e recomendo.

Ivo Dias