quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ACONTECÊNCIAS DA VIDA REAL III

Eu soube que meu filho Ian, agora com 7 aninhos, numa conversa recente com coleguinhas na escola, andou contando vantagens sobre mim, naquela de papai-sabe-tudo. Contaram-me que ele, muito coruja, relatava para uma plateia estupefata que seu super-pai sabia fazer isso, aquilo e aquilo outro até que foi interrompido por um dos amiguinhos que questionando exclamou:
- Mas seu pai não sabe fazer água...!
Sem titubear, meu filho saiu em defesa do seu super-herói com essa :
- Saber fazer, ele sabe. Mas parece que ele acha mais fácil abrir a torneira.

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Estava eu atendendo um cliente que tinha ido ao meu guichê de caixa sacar um cheque de terceiro quando percebi divergências na assinatura do emitente em relação à sua ficha de autógrafo. Para minha segurança, resolvi telefonar para o próprio emitente para confirmar a emissão do referido cheque. Do outro lado da linha alguém muito simpático e solícito me atendeu:
- Funerária Boa Viagem. Vai um caixão aí, amigo!?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

OS MONSTRENGOS DA COELCE

"No meio do caminho tinha um poste, tinha um poste no meio do caminho". Parece até uma paráfrase dos versos de Carlos Drumond de Andrade, mas, na realidade, é a constatação de quem caminha por Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará, e outras cidades cearenses. É que a COELCE, empresa distribuidora de energia elétrica, além de ter a péssima mania de fincar no meio das calçadas e canteiros centrais os postes da fiação, agora inventou de aumentar o diâmetro de suas bases (ver fotos) à guisa de, segundo o que conseguimos apurar, torná-los mais resistentes a eventuais abalroamentos por veículos, o que vinha causando muitos cortes no fornecimento de energia. Mas em decorrência dessa "engenhosa" sulução, ficaram prejudicados os transeuntes com mais um obstáculo a dificultar-lhes o livre trânsito pela cidade. Conclusão: a COELCE "cobriu o seu santo" mas "descobriu" o dos pedestres. Ora, enquanto nos dias de hoje está em grande evidência a reorganização do trânsito nas cidades, principalmente no tocante aos direitos do pedestre, o que se vê é uma empresa que costuma alardear sua preocupação com o social agindo na contramão desse ordenamento.

Como se não bastasse a existência de obstáculos tais como estacionamento de veículos, mesas de bares e restaurantes, bancas de camelôs, monturos e outros mais, bloquendo o trânsito de pedestres nas calçadas, canteiros centrais e passeios públicos, fato intensa e permanentemente combatido oportunamente pela imprensa em geral, agora o transeunte muitas vezes é obrigado, mesmo correndo o risco de atropelamento, a caminhar pelo leito da rua por ter de desviar de um desses novos modelos de poste, uns monstrengos que, além de obstacularem, contribuem para enfear a paisagem urbana da cidade. O que causa estranhamento é que, nesse caso, não se vê dos jornais, rádios e televisões nenhuma, ou quase nenhuma, crítica ou manifestação contra esse tipo de abuso. Daí, o questionamento que não quer calar e, menos ainda, ser capcioso: seria porque a COELCE tem sempre uma gorda conta publicitária?

Enquanto os órgãos competentes não tomarem uma posição no sentido de coibir o uso desses postes-monstrengos, ou pelo menos a colocação deles no meio das calçadas e canteiros centrais, estarão os transeuntes - idosos, adultos e crianças - correndo sérios riscos no trânsito por serem impelidos a caminhar pelos leitos das ruas enquanto seguem o caminho de casa, do trabalho e da escola.

Ivo Dias

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

UÍSQUE PODE. CACHAÇA, NÃO?

Explicando o seu voto contra a redução da jornada de trabalho dos assalariados de 44 para 40 horas semanais, em discussão no Congresso, o deputado Nelson Marquezelli argumentou: "Se você reduzir a carga horária, o que vai fazer o trabalhador? Eles dizem: vai prá casa ter lazer. Eu digo: vai para o boteco beber álcool, vai para o jogo."

Quanta discriminação! Mas não podia ser diferente. A grande maioria dos "bacanas" do Congresso, reperesentantes que são da elite brasileira, tem uma visão vesga e pejorativa à respeito do assalariado brasileiro, como se esse, ao contrário deles, que integrariam a Casa Grande, ainda fizesse parte da Senzala a quem só compete trabalhar sem direito ao descanço, ao lazer. Não sabe o deputado que é de livre arbítrio qualquer indivíduo fazer o que bem entende do seu tempo de lazer desde, lógico, que não interfira no direito de outrem?

Por quê será que Nelson Marquezelli vê problema em se querer beber cachaça - o ilustre deputado jocosamente falou "álcool" - e se divertir no jogo? Será porque só pobre quando bebe é que faz besteira? Ou por quê só quem joga é pobre? Equivoca-se quem raciocina assim. E o que dizer dos inúmeros casos mostrados pela mídia de políticos, juízes, procuradores, empresários bem sucedidos, e outros ricos mais, protagonizando cenas degradantes por terem "enchido a cara" e perdido a compostura? E dos flagrantes de fechamento pela polícia de casas de bingos, rinhas de galos, etc., tudo à revelia da lei, apinhadas de "gente boa"? Será que toda essa discriminação de Nelson Marquezelli seria porque beber uísque e apostar alto é chique e beber cachaça e jogar mixaria é chinfrim? Ora, deputado, vá procurar o que fazer!

Ivo Dias

VANUSA EXECUTA (literalmente) O HINO NACIONAL

Teria sido cômico se não tivesse sido trágico a execução do Hino Nacional pela veterana - e, há muito, afastada da mídia musical - cantora Vanusa no 1º Encontro Estadual de Agentes Públicos de São Paulo (veja o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=4VGDhOxmZZI). Mostrando um imperdoável desconhecimento da letra e, mais incrível ainda, da melodia, Vanusa protagonizou momentos de constrangimento geral enquanto interpretava, ou pelo menos tentava interpretar, o hino brasileiro aparentando está totalmente alheia a tarefa que lhe foi atribuida. Sua explicação para o vexame é que ela estava sobre efeito de remédios para labirintite que havia tomado, mas chegou-se a falar, à boca miúda, até em álcool como sendo a causa para tamanha gafe. A verdade é que Vanusa, que inegavelmente tem garantido seu lugar na história da música brasileira , também será lembrada por ter executada, literalmente, o Hino Nacional Brasileiro.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

LIBEROU GERAL (Até Quando?)

A liminar que permitiu a volta da cobrança do pedágio para a travessia da ponte sobre o Rio Ceará, que liga os municípios de Fortaleza e Caucaia, no Ceará, foi derrubada anteontem a pedido do Ministério Público Estadual pelo juiz da 4ª Vara de Caucaia, Antônio Carlos Klein. A decisão do magistrado é mais um round na pendenga entre os dois município que teve início quando, ao assumir este ano a prefeitura de Caucaia, o prefeito Washingtos Góis decretou o fechamento do pedágio atendendo parecer da Procuradoria do Município considerando a cobrança irregular porque o contrato da concessão da ponte já havia vencido. Semanas depois, a Prefeitura de Fortaleza recorreu e reaveu o direito de cobrar a taxa.

Agora o juiz julgou improcedente o mandato de segurança que garantia a volta da cobrança, assegurando mais uma vez a gratuidade aos motoristas que circulam entre os dois municípios. Até quando é que ninguém pode prever.

Ivo Dias
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