sábado, 1 de outubro de 2011

GREVE DOS PROFESSORES. CADÊ O DIÁLOGO?

Um festival de incompetência e irresponsabilidade é o que se vê nessa absurda queda-de-braço travada entre os professores cearenses do ensino público estadual e o Poder Executivo do Estado, agravada mais ainda pela inabilidade de uma assembleia legislativa omissa e subserviente capitaneada por um presidente inapto para o cargo que exerce, até porque, neófito que é em política, ali estava por mais uma vaidade do governador Cid Gomes. Não tinha como o movimento grevista dos professores - do ensino público, é bom que se frise - não descambasse para a violência gratuita, digna de folhetins policiais, que teve como cenário a instituição Poder Legislativo.

E era tudo tão previsível! De um lado, o governo do estado, demonstrando um amadorismo até antes impensável de se ver na conduta de Cid Gomes, errando ao pensar que o lado forte nunca pode ceder e, o que é pior ainda, calculando que no caso da invasão da assembleia por parte dos professores o emprego da força policial seria o melhor argumento de negociação, chamando para si a antipatia da opinião pública que até aquele momento estava dividida entre apoiar ou não a greve. (À propósito, será que não passou pela cabeça daqueles policiais que eles estavam batendo tão somente nos professores de seus filhos, já que os filhos do governador e dos deputados não estudam em escolas públicas?)

Do outro lado, o mais fraco, um sindicato com lideranças pouco expressivas, com visível dificuldade de manter a unidade da categoria, apresentando defecções nas argumentações e com reinvidicações muitas vezes confusas. E, lógico, como os tempos são outros, carecendo - como carecem atualmente todos os sindicatos de trabalhadores - do apoio dos deputados socialistas, hoje aboletados à sombra do poder, e dos deputados em geral que de tanto lavarem as mãos enrubesceriam de inveja até mesmo Pilatos. E o que dizer do Deputado Antonio Carlos, o presidente "nomeado" pelo governador? Aturdido, alheio, descompromissado e, no popular, sem cancha. Um iniciante. Tinha que dá no que deu e no que tá dando, e só Deus sabe no que dará.

Conclusão. Sobra o que nunca é de menos: incompetência, inaptidão, inexperiência, descaso, discernimento, critério e vaidade. Falta o que nunca é demais: diálogo. Tá ruim!

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